Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas no desabamento de um prédio na madrugada desta quinta-feira (03) na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os mortos são Natan Gomes, de 30 anos, e sua filha Maitê, de dois anos de idade. As vítimas são marido e filha de Kiara Abreu, uma das pessoas que ficaram feridas e foram levadas ao Hospital Miguel Couto, na zona sul.
A família eram os três últimos soterrados do desabamento. Os bombeiros seguiram no local após a retirada dos corpos de pai e filha, para garantir que não houvessem outras vítimas.
Além de Kiara, também ficaram feridos Nataniela de Souza Gomes, de 28 anos, Jonas Rodrigues de Souza, 29 anos e Antônia Tatiana Conrado de Souza, de 38 anos.
Havia a expectativa de Natan ser resgatado com vida, mas a morte foi confirmada por volta do meio-dia após buscas que duraram cerca de nove horas, e duas horas depois da confirmação da morte da criança, perto das 10h20.
DESABAMENTO
Oito famílias foram afetadas pelo colapso do prédio que ficava na Rua das Uvas, esquina com Avenida Areinhas. Bombeiros interditaram ruas no entorno para conduzir os trabalhos de resgate.
No primeiro andar do prédio funcionava uma lan house administrada por Natan. Ele morava no local com a esposa e a filha, em um pavimento superior. Não há informação se as outras três vítimas que foram resgatadas eram da mesma família.
A prefeitura do Rio informou que as oito famílias afetadas pelo desabamento estão recebendo apoio do município. Somente no prédio que cedeu moravam três famílias. As outras cinco residiam nos prédios em frente, que foram afetados diretamente.
O DESABAMENTO
O prédio que tem quatro andares entrou em colapso por volta das 3h20. Segundo testemunhas, a estrutura passou a apresentar estalos por volta das 2h, mas ninguém imaginava o que aconteceria.
Depois do desabamento houve um incêndio que foi controlado pelo Corpo de Bombeiros, que chegou ao local com muita dificuldade.
A polícia do Rio acredita que a construção irregular esteja relacionado às milícias que atuam na região, que é a mesma onde em 2019 outro prédio desabou, na comunidade da Muzema, vizinha ao Rio das Pedras, e deixou 24 mortos na época.
O local tem alto índice de favelização e a maioria das construções são irregulares.