Nos últimos anos, falar de sexo está se tornando algo mais normal. Apesar disso, o tema ainda é tabu para muitas pessoas, inclusive, entre parceiros sexuais. A vergonha e a falta de informação podem contribuir para que alguns mitos continuem presentes na sociedade, mas o grande problema é que isso pode estar prejudicando a sua vida sexual.
Apesar da dificuldade em falar do assunto, a Pesquisa Mosaico 2.0, realizada pelo Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da USP, demonstrou que 95% dos entrevistados consideram que o sexo é muito importante em suas vidas. Por isso, preparamos uma lista com 5 mitos sexuais que merecem ser desconstruídos. Confira!
Mito 1: Sexo precisa ter penetração
Esse é outro grande mito que pode atrapalhar a sua vida na cama. Sexo não precisa ter penetração. As famosas preliminares, a carícia, o sexo oral e até a masturbação podem provocar prazer intenso (e parar por aí)! Algumas práticas como o petting e o gouinage, brincadeiras que exploram o prazer sem a penetração, têm ganhado adeptos entre homens e mulheres.
Um estudo da USP demonstrou que apenas 45% das mulheres atingem o orgasmo a partir da penetração. Os dados mostram ainda mais a importância de deixar aqueles famosos roteiros de filmes eróticos de lado e soltar a imaginação para explorar coisas novas. Vale utilizar tato, cheiros, sons e o que mais estiver disponível. Desde que faça bem para o casal, nada é errado e deve ser experimentado.
Mito 2: Não pode transar durante a menstruação
Muito pelo contrário! Durante a menstruação, o corpo da mulher produz mais hormônio. Para muitas mulheres, isso significa um aumento da libido e do apetite sexual. O que acontece é que, por muito tempo, menstruar foi visto como um tabu, uma coisa suja e feia. Aliás, esse é o principal motivo que leva tantas mulheres a pensarem que não se pode fazer sexo “naqueles dias”.
A verdade é que há grande possibilidade de aumentar o prazer transando durante a menstruação, sem falar no aprofundamento da intimidade com o(a) parceiro(a). Se o problema é a sujeira, tente soltar a imaginação e experimentar coisas diferentes como transar no chuveiro ou forrar a cama para não manchar o lençol.
Mito 3: Sex toys são para solteiros
Os brinquedos sexuais vêm ganhando popularidade entre as pessoas, principalmente depois da quarentena. O que nem todo mundo percebeu é que eles são ótimos para esquentar a relação a dois. Afinal, com o tempo, a vida sexual dos casais pode ficar de lado e é preciso apostar em novidades.
Além das conhecidas fantasias, há uma série de produtos que prometem aumentar a cumplicidade do casal e garantir muito prazer. Alguns deles, como os vibradores controlados por aplicativo, podem ser controlados por parceiros(a) que estão longe, sendo uma ótima alternativa para relacionamentos à distância. A Amor de Luxo, um dos melhores sex shops do Brasil, tem várias opções e modelos para o casal se divertir junto.
Mito 4: Prazer anal é uma tendência homossexual
Por conter muitas terminações nervosas, o ânus é uma zona erógena que vale a pena ser explorada. O problema é que existe um grande preconceito em relação à prática, e muitas pessoas ainda associam o prazer anal com a homossexualidade. Porém, pouca gente sabe que a região da próstata é uma espécie de “ponto G” masculino. O estímulo anal pode levar o homem a orgasmos intensos que nada tem a ver com a sexualidade da pessoa.
Homens heterossexuais que queiram sentir prazer anal podem conversar com a parceira para explorar esse momento juntos. Já as mulheres podem conversar com seus parceiros para tentar a penetração anal. Em ambos os casos, é importante estar relaxado(a) para não se machucar, por isso, a dica aqui é usar um bom lubrificante íntimo. Além disso, a novidade só vale se houver consentimento dos dois, ok?
Mito 5: Sentir dor é normal
Esse é um dos mitos mais prejudiciais à sexualidade, principalmente feminina. Não é normal sentir dor durante a relação sexual. Uma pesquisa publicada no Jornal Internacional de Obstetrícia e Ginecologia (BJOG) demonstrou que cerca de uma em cada dez mulheres britânicas sentem dor durante a relação sexual, e a maioria não procura descobrir o motivo do desconforto.
Isso pode ser causado por vários motivos: falta de lubrificação, falta de desejo, ansiedade ou, inclusive, por doenças. Por isso, é muito importante buscar a ajuda de um médico e investigar o que está levando à dispareunia (dor genital ou pélvica durante o contato íntimo).
No sexo, o importante é respeitar a si e ao outro. Muitas vezes, o preconceito e a falta de informação impedem a satisfação sexual, mas experimentar coisas novas, se for da sua vontade, pode revelar surpresas incríveis.