Agências de notícias da Rússia relataram duas fortes explosões em um gasoduto em Luhansk, na região separatista da Ucrânia, no final da noite de sexta-feira (18). As explosões acontecem horas depois de rebeldes russos, que governam a região, começarem a evacuar civis para a Federação Russa.
Os rebeldes acusam a Ucrânia de planejar um ataque militar na região. O governo ucraniano, no entanto, nega a afirmação e diz ser uma tentativa de sabotagem para justificar uma grande incursão russa contra Kiev.
A Casa Branca reiterou as informações da Ucrânia e acusam Vladimir Putin de procurar um pretexto para o conflito, que pode evoluir a uma guerra sem precedentes.
Ainda na sexta, um porta-voz do Departamento de Estado do Governo dos EUA afirmaram que os bombardeios registrados na região foi uma “operação de bandeira falsa” feita pela própria Rússia.
O Ministério da Defesa da Ucrânia rechaçou a narrativa dos separatistas russos: “Rejeitamos categoricamente as tentativas da Rússia de agravar a situação de segurança já tensa”, disse um porta-voz.
BIDEN DIZ QUE PUTIN DECIDIU ATACAR
No dia que antecede um dos maiores exercícios militares nuclear já praticados pela Rússia, envolvendo uma grande massa de soldados além da Força Aérea e Marinha, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden acusou o presidente russo Vladimir Putin de direcionar o mundo para uma guerra total.
Ele afirmou que Putin já teria tomado a decisão de invadir a Ucrânia, mas alertou que uma incursão russa vai romper os caminhos diplomáticos, e que os Estados Unidos vão reagir.
Biden tem apoio de todos os líderes ocidentais da Europa e está em constante contato com os chefes do Reino Unido, Boris Johnson, da Alemanha, Olaf Scholz, e da França, Emmanuel Macron. Os líderes se reúnem em uma conferência anual de em Munique para tratar sobre a crise no leste europeu.
Neste sábado, o primeiro-ministro do Reino Unido vai se pronunciar sobre a situação. Boris Johnson também deve alertar a Rússia que um ataque à Ucrânia pode ter consequências devastadoras, além de ameaçar a paz global. Satélites mostram que pelo menos 150 mil soldados russos estão a 48 quilômetros da fronteira.