A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta (13) o uso emergencial de uma nova associação de anticorpos (banlanivimabe e etesevimabe) para o tratamento da Covid-19. A decisão porém só atende ao uso hospitalar, já que é aplicado por infusão intravenosa, dessa forma não poderá ser comercializado em farmácias. Nos EUA, o medicamento já é usado desde fevereiro.
O tratamento só é indicado para o tratamento da forma leve e moderada da doença em adultos e crianças a partir de 12 anos, que pesem pelo menos 40 quilos. Além disso, a indicação é para pacientes que apresentam alto risco de progressão da doença para a forma grave ou que possa levar à necessidade de internação.
Na prática, o bamlanivimabe e o etesevimabe atacam a proteína spike do coronavírus, evitando que o microrganismo invada as células do corpo. Esse é o segundo coquetel aprovado para o tratamento da Covid-19.
A relatora do processo e diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, explicou que a decisão foi tomada diante da ponderação dos benefícios para a saúde pública em comparação aos eventuais riscos.
“A expectativa com a autorização de uso emergencial e experimental de medicamentos contra a Covid-19 é sempre ampliar as opções terapêuticas e, principalmente, aliviar a carga em nosso sistema de saúde, diminuindo o agravamento das condições clínicas de pacientes com Covid-19 e o risco de morte”, afirmou Meiruze.
A incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda depende da avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). A Conitec avalia nesta quinta-feira a incorporação de outro medicamento de associação de anticorpos (casirivimabe %2b imdevimabe) no SUS, já aprovada pela Anvisa anteriormente.