Fernando Inácio Andrade, de 21 anos, foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelo assassinato do jovem Hannan Silva, morto aos 21 anos na madrugada de 22 de outubro de 2019 no Centro de Londrina.
O corpo dele foi encontrado na tarde seguinte sob um banco da Praça Rocha Pombo, que também foi o local do crime. Câmeras de segurança mostraram quando Fernando aplicava um golpe conhecido como “mata leão” em Hannan, e em seguida enrola a corda de uma bolsa no pescoço dele.
O crime chocou Londrina. O jovem desapareceu após deixar o trabalho em um shopping na Avenida Leste-Oeste, e costumeiramente fazia aquele caminho, pela rua Benjamin Constant, para chegar ao Terminal Central.
No depoimento de Fernando Inácio, ele disse que encontrou Hannan e que havia combinado com ele um programa sexual, e que durante a prática do ato ele se desentendeu com o jovem e o matou. Fernando alegou que cometeu o crime em legítima defesa, mas a Justiça disse que ele mentiu, e que não houve elementos que comprovassem essa versão.
Naquela madrugada, Fernando foi abordado pela polícia e com ele foi encontrado o celular de Hannan. Ele disse que havia encontrado o aparelho no chão. Desconfiados, os policiais tiraram uma fotografia dele, o que foi vital pra que ele fosse identificado.
PRISÃO E OUTRO ASSASSINATO
Fernando também confessou e responde pela morte do chef de cozinha Fábio Abila, morto aos 49 anos duas semanas antes de Hannan. O corpo de Fábio foi encontrado no Bosque Central de Londrina, e a polícia concluiu que ele foi morto também por estrangulamento.
O criminoso ainda não foi condenado por esse crime. Se somadas, as penas pelas mortes de Hannan e de Fábio podem superar 40 anos.
TRANSTORNOS
O rapaz chegou a ficar preso na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) mas foi transferido para o Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, por ser diagnosticado com transtornos mentais pelo excesso do uso de drogas.
Um laudo disse que ele não teria plena consciência do que fazia quando cometeu o crime.