O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta quinta (6), que a partir do dia 14 de maio não deve haver mais doses da vacina Coronavac. Covas atribuiu o atraso ao posicionamento do governo federal em relação à China, principal fornecedora do Ingrediente Farmacêutico ativo (IFA).
Nesta quinta, o Butantan entregou um milhão de doses da Coronavac e promete mais 5 milhões nos próximos dias.
“Temos que debitar isso principalmente ao nossos governo federal que tem remado contra”, afirmou o diretor do instituto. Na quarta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o país asiático teria se beneficiado economicamente com a pandemia e insinuou que o coronavírus foi criado pela China, o que contraria as pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que o vírus tem origem na fauna silvestre.
“Embora a embaixada da China no Brasil venha dizendo que não há esse tipo de problema, a nossa sensação de quem está na ponta é que existe dificuldade, uma burocracia que está sendo mais lenta do que seria habitual e com autorizações muito reduzidas e volumes. Então obviamente essas declarações têm impacto e nós ficamos à mercê dessa situação”.