LONDRINA, PR – A Comissão Processante criada para investigar os vereadores Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB) por suposto esquema de corrupção que consistia em receber propina para alterar o zonamento urbano de Londrina, e que culminou na operação ZR-3 do Gaeco, se reuniu pela primeira vez desde a determinação do desembargador Leonel Cunha, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e definiu nesta quarta-feira (27) a data em que os depoimentos de testemunhas serão colhidos.
Entre os depoentes, está o agricultor Junior Zampar, que denunciou o esquema. Além dele, também irá depor seu primo, Carlos Zampar. As oitivas estão programadas para a próxima sexta-feira (29).
A CP funcionou por 30 dias até a decisão do juiz Emil Gonçalves, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, que suspendeu a investigação. Conforme o procurador jurídico da Câmara Municipal, o advogado Miguel Aranega Garcia, o prazo que os vereadores tem para concluir a apuração é de mais 59 dias.
O relatório final que deve indicar ou não a cassação do mandato dos vereadores será elaborado por João Martins (PSL). Além dele, estão na comissão os vereadores Vilson Bittencourt (PSB) que participa como membro, além do presidente José Roque Neto (PR).
Um dos advogados de defesa de Takahashi também compareceu à reunião da CP. Na Zona Residencial 3, o Ministério Público denunciou 13 pessoas, no entanto ninguém continua preso. Recentemente, o ex-servidor Ossamu Kaminakagura, ex-diretor de Loteamentos da Secretaria de Obras, e que estaria envolvido no esquema, ganhou a liberdade. Ele foi o último dos detidos a deixar a prisão.