LONDRINA, PR – A investigadora de polícia Dolores Mileide de Souza Simões, 35, deixou uma carta justificando a atitude extrema de matar seu filho, de dois anos, e em seguida tirar a a própria vida em um condomínio de Cambé, na região metropolitana de Londrina. O crime é cercado de mistérios e comoveu a cidade na noite desta sexta-feira (06).
Dias antes de cometer o homicídio, a mulher escreveu a carta onde acusava o pai da menino de tê-lo abusado sexualmente, e afirma que inclusive, o próprio filho teria relatado tal fato a ela. Na mesma carta ela diz amar o filho e que não gostaria que ele fosse ‘estuprado’.
Mileide ainda fala sobre a psicóloga que atendeu o caso, e questiona ‘justiça para quê?’
RELATOS
Quem convivia com Dolores diz que a mulher vivia a angústia da possibilidade de perder a guarda do filho pequeno para o marido. Ela travava uma disputa judicial onde requeria ter o direito de criar o bebê. Acredita-se que o fato dela ter perdido o processo, motivou que a investigadora provocasse a morte do filho. A Polícia Civil trabalha na investigação do crime.
CARTA NA ÍNTEGRA
“A psicóloga Joana ‘monta’ (sic) um verdadeiro parque de diversões, meu filho diz que não quer o ‘pai’ dele.
A psicóloga Joana pede que eu entre para acalmar meu filho. Eu entrei (sic) logo após o ‘pai’ dele entrou e foi só brincadeiras e maravilhas.
Meu filho, em fevereiro de 2017, me relatou que foi abusado pelo pai e hoje 04/07/2018 a visita assistida? (sic).
‘Justiça que dá oportunidade para pai estuprador. Meu filho não vai ser estuprado!!!
Meu filho é um anjo! Justiça para que?
– Mileide – Eu amo meu filho”
A apuração do 24Horas confirmou a veracidade da carta. A reportagem também tenta localizar o pai da criança para comentar o caso.