Em entrevista exibida neste domingo (28) no programa do apresentador Silvio Santos, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou que a reforma da Previdência, que será votada pelos deputados em um mês, não afetará os mais pobres e só trará consequências aos que ganham os maiores salários do país.
“Esta [reforma da] Previdência não prejudica os pobres. Os trabalhadores rurais estão excluídos [do projeto] e os deficientes físicos também”, disse o presidente. Ele informou que “quem vai sofrer uma pequena consequência é quem ganha 13, 14, 15, 20 mil reais”, e destacou o estabelecimento de uma previdência complementar para quem deseja se aposentar com valores acima do teto do INSS (hoje em R$ 5.531,31).
Temer alegou que, se o Brasil mantiver o atual sistema previdenciário, poderá chegar a situações semelhantes a Portugal e Grécia, que cortaram vencimentos dos servidores públicos.
Diante dos argumentos de que os trabalhadores vão precisar trabalhar até morrer, o presidente afirmou que “não é verdade. Hoje quem completa tempo de contribuição pode se aposentar com 55 anos. Vai se aposentar com 65 daqui a 20 anos”. Segundo ele, quando a população viver em média “até os 120 anos de idade”, haverá necessidade de uma nova reforma previdenciária.
Segundo Temer, “já há uma compreensão na sociedade e no Congresso” de que a reforma precisa ser aprovada, mas os deputados precisam ser sensibilizados. “Se a vontade popular compreender isso, os deputados vão lá e depositam seu voto favoravelmente e, portanto, ajudam o país”, declarou o presidente.