LONDRINA, PR – A juíza substituta da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, Cristiane Santos Leite, determinou a manutenção do pagamento dos salários do vereador afastado Rony Alves (PTB), afastado em janeiro após ser denunciado pelo Gaeco no âmbito da Operação Zona Residencial 3, que investiga 13 pessoas por participarem de um esquema de corrupção que cobrava propina por mudanças no zoneamento urbano de Londrina.
A decisão manteve a posição do juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara da Fazenda Pública. Conforme o despacho do Tribunal de Justiça, Rony Alves “não pode ser penalizado de qualquer forma antes de ter condenação transitada em julgado”. O salário de R$ 12 mil pago pela Câmara Municipal de Londrina voltará a ser depositado neste mês.
O processo da ZR-3 está na fase de audiências de instrução, marcadas pelo juiz Delcio Miranda da Rocha, da 2ª Vara Criminal. Além de Rony Alves, o vereador e então presidente da Câmara à época da deflagração da operação, Mário Takahashi, também é investigado. Ele e Rony foram presos em janeiro após decisão judicial. Ao todo, os réus do processo arrolaram mais de 70 testemunhas para as audiências.
RETROATIVOS
O advogado Maurício Carneiro, que representa o vereador afastado Rony Alves, deve protocolar a petição para reivindicar pagamentos retroativos a janeiro, quando Alves foi afastado por seis meses das funções. O prazo de afastamento termina em 24 de julho, e se a justiça não decidir por um novo afastamento, Takahashi e Rony Alves voltarão aos postos, mesmo respondendo as denúncias e também a comissão processante, que está em andamento e pode culminar na cassação dos dois.