Movimentos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro organizam para amanhã (27) um buzinaço em Londrina para pedir para o prefeito revogar o decreto que estabelece o fechamento do comércio na cidade até o próximo dia 6 de abril.
As medidas foram tomadas pela prefeitura em razão da confirmação de casos e o aumento da pandemia de coronavírus no Paraná. Outras cidades seguiram o mesmo exemplo e também interromperam as atividades comerciais.
No dia seguinte ao decreto em Londrina, o governo do Paraná também determinou o fechamento das lojas em todas as cidades do estado, e orientou que toda a população do estado permanecesse em casa.
Na terça-feira (24) no entanto, um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional questionou as medidas de isolamento social e pediu a volta da normalidade. O pronunciamento gerou críticas de vários setores da sociedade, e dividiu a população.
Apesar das críticas, Bolsonaro também conquistou o apoio do empresariado, que passou a pedir a suspensão dos decretos e a volta das atividades do comércio. Em Maringá, por exemplo, um buzinaço de empresários circulou as ruas do Centro da cidade para pressionar o prefeito Ulisses Maia a rever a suspensão do comércio.
Maringá foi a primeira cidade a definir o fechamento das lojas no Paraná. Em seguida, o estado de Santa Catarina também fez a mesma determinação.
EM LONDRINA
O buzinaço em Londrina está programado para partir às 15h do Estádio do Café, na Zona Norte, até a prefeitura municipal.
A Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), diz que deve seguir o decreto até o dia 6 de abril. Essa não foi a mesma posição tomada pela associação de Maringá, que emitiu até uma nota de repúdio contra o prefeito.
Para Marcelo Belinati, prefeito de Londrina, a medida de isolamento social, indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é a melhor forma de evitar o contágio pelo novo coronavírus, e que interrompê-lo agora, faria os esforços até aqui não terem validade.