O governador Ratinho Junior prejudicou Londrina, e retirou da dotação orçamentária de 2020 os recursos previstos para construção do Hospital da Zona Oeste. O projeto que é discutido há seis anos, agora não tem data para acontecer.
A obra foi anunciada ainda na gestão do ex-governador Beto Richa. O terreno que abrigará o futuro hospital foi doado pela Pontifícia Universidade Católica em Londrina e tem 88 mil metros quadrados. A unidade é extremamente importante para atender pacientes não só de Londrina, mas também de Cambé e Rolândia.
Conforme o projeto, a obra teria 150 leitos e custaria R$ 25 milhões. Do total de leitos, 30 seriam destinados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 20 para cuidados continuados.
Mas mesmo com a urgência de que o estado invista na área de saúde em Londrina, Ratinho descartou a construção do hospital em 2020. A cidade também enfrenta dificuldades no Hospital Universitário, que em setembro do ano passado cancelou cirurgias eletivas por falta de materiais, e enfrenta escassez de recursos do Governo.
A crise nos hospitais estaduais em Londrina transfere o problema para a Prefeitura, que conta com apenas duas unidades de pronto atendimento (UPA’s) para urgências e emergências, além do Pronto Atendimento Infantil (PAI).
PROBLEMA É DINHEIRO
O secretário de Saúde, Beto Preto, alega que a construção da obra não é feita por falta de dinheiro. O orçamento do estado em 2020 é estimado em R$ 49,9 bilhões, e mesmo com a alegação, o governo segue realizando licitações para queijos importados, salmão norueguês e bacalhau do porto – ao custo de R$ 119 mil.
Beto Preto salienta que “é necessária a contratação de médicos e enfermeiros” e que mesmo que a PUC tenha se colocado à disposição para administrar o Hospital, ainda existe o custo financeiro inviável. Ele garantiu que a discussão da obra será feita nesta gestão.
Por outro lado, dinheiro não parece ser problema para o governo. Entre janeiro e setembro de 2019, o Paraná gastou R$ 56 milhões em publicidade. Em um comparativo simples, o governo aplicou cerca de R$ 200 mil por dia apenas em propaganda – enquanto contingenciava recursos de Universidades e Hospitais.
As informações sobre os custos de publicidade estão disponíveis no Portal da Transparência e foi publicada pelo Livre.Jor.