Maringá vai subsidiar custo da passagem para reduzir valor da tarifa de ônibus

A Prefeitura de Maringá anunciou nesta terça-feira (01) que pretende subsidiar em até R$ 30 milhões por ano a Transportes Coletivos Cidade Canção (TCCC) que opera o sistema na cidade. Dessa forma, o prefeito Ulisses Maia pretende reduzir o preço da tarifa de R$ 5 para R$ 4.

O envio do projeto foi anunciado pelo prefeito durante a reabertura dos trabalhos deste ano na Câmara Municipal de Maringá. A proposta prevê que a prefeitura assuma os custos com os programas de gratuidade, como a passagem livre para idosos, gestantes e portadores de deficiência.

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Atualmente esses custos são divididos entre os demais passageiros, e impactam o valor final pago na catraca.

Maia afirmou que a prefeitura deve desembolsar entre R$ 20 e 30 milhões anualmente para subsidiar os valores, que devem ser transferidos à TCCC. Segundo o prefeito, a Câmara precisa autorizar o pagamento e a previsão é que a nova tarifa passe a valer em 14 de fevereiro.

MESMA PROPOSTA DE LONDRINA

No início do mês, a Prefeitura de Londrina tomou a mesma iniciativa que agora está sendo seguida por Maringá. O projeto enviado à Câmara Municipal causou polêmica e é alvo de uma apuração do Ministério Público após pedido da vereadora Mara Boca Aberta.

Londrina também passou a subsidiar o transporte coletivo, custeando as gratuidades da passagem para idosos, gestantes e portadores de deficiência. Anualmente, a cidade deve desembolsar R$ 25 milhões que serão repassados para as duas empresas que operam o sistema (TCGL e Londrisul).

REAJUSTE

A TCCC havia ingressado com uma ação na Justiça para receber indenização da Prefeitura de Maringá por conta da defasagem no valor da tarifa. De acordo com o município, a empresa pede que a administração repasse R$ 140 milhões com base em um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em 2021 a TCCC pediu que a passagem subisse para R$ 5,75. Apesar disso, a prefeitura autorizou que o preço fosse atualizado para R$ 5.

Com o novo projeto de lei, a prefeitura acredita que deve chegar a um acordo com a empresa para que a indenização seja menor do que a solicitada.

A TCCC confirmou as negociações.