A Polícia Civil concluiu sua investigação sobre o desaparecimento e morte de Thiago Rocha, um menino de 2 anos em Londrina. Thiago desapareceu em 10 de junho, após uma visita ao Parque Daisaku Ikeda, que está desativado desde 2016, na companhia de sua mãe e padrasto. Seu corpo foi encontrado seis dias depois no Ribeirão Três Bocas, a 9 quilômetros do local do desaparecimento.
A investigação apontou que a mãe e o padrasto foram negligentes na tragédia. Ambos foram indiciados por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar. O delegado de homicídios, João Reis, afirmou que o local do desaparecimento era extremamente escuro e perigoso para uma criança, e o casal estava ciente disso.
De acordo com as informações, a mãe, o padrasto e Thiago estavam em um gramado com desnível em relação ao rio de cerca de 11 metros. A polícia acredita que o menino possa ter caído. O laudo, embora tenha resultado inconclusivo para a causa do afogamento, não indicou marcas de violência e fraturas no corpo do menino.

O inquérito foi concluído e encaminhado para a vara criminal para a continuidade do processo. Caso sejam condenados, ambos podem pegar pena de um a três anos de detenção. Por se tratar de uma criança, a pena pode ser aumentada em um terço.
O delegado acredita que, no caso da mãe, ela possa receber o perdão judicial, se o juiz entender que o sofrimento causado pela morte do filho já seja a pena dela.
Relembrando o caso
Thiago foi visto pela última vez no Parque Daisaku Ikeda, na Usina Três Bocas, um lugar situado na zona rural de Londrina. A mãe dele disse à polícia que estava com o filho e o namorado dela.
O casal contou que começou a organizar os pertences para ir embora e colocou o bebê no carro. No trajeto para casa, quando já estavam a dois quilômetros do parque, eles notaram que o menino não estava no veículo. Ao retornar para o local, o casal não encontrou Thiago.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por uma mulher que passava pela região e viu a mãe do menino desesperada. Imagens de câmera de segurança de um comércio registraram o momento em que o carro da família passa em alta velocidade no local em direção ao parque.
O Parque Daisaku Ikeda está desativado desde 2016 depois de ter sido parcialmente destruído por fortes chuvas. Segundo a Prefeitura de Londrina, responsável pelo espaço, a entrada é proibida, mas não há controle efetivo do acesso.
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