O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu neste domingo (05) em entrevista ao site Poder360 que a Petrobras (PETR4) vai começar a reduzir o preço dos combustíveis a partir desta semana. Bolsonaro é um dos críticos mais intensos da política de preços da estatal, baseada no valor do dólar.
Bolsonaro também falou que a redução vai seguir por algumas semanas, o que deve estabilizar o mercado dos combustíveis.
A petroleira e o presidente travam uma briga desde o início do mandato a respeito de quanto deve custar a gasolina, diesel e o gás de cozinha. As constantes colisões entre Bolsonaro e a Petrobras já ocasionaram até uma troca de comando na empresa.
Mas, mesmo com a chegada do general Joaquim Silva e Luna no comando da estatal, nome indicado por Bolsonaro, a Petrobras manteve as mesmas diretrizes, que equiparam seus preços com o peço do barril de petróleo no mercado global.
Nas últimas duas semanas, o petróleo tipo Brent caiu US$ 10 e fechou cotado abaixo dos US$ 70 o barril na sexta-feira (03). A queda no preço dos combustíveis já era antecipada pelo mercado, por causa desse fator, mas caso a commodity volte a subir, os preços devem acompanhar a escalada.
MUDANÇA NA POLÍTICA
Em meio a críticas dos aumentos recentes, Bolsonaro já havia manifestado que o governo iria revisar a política de preços da Petrobras. Silva e Luna, no entanto, rebateu que a alta dos valores não era culpa da companhia.
“A alta de preços dos combustíveis não corresponde à Petrobras e está sendo colocada na conta dela”, disse o presidente da estatal durante audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal para explicar os aumentos.
PRIVATIZAÇÃO
Além da mudança na política, Bolsonaro também mira em um cenário drástico: vender a estatal. O presidente já expressou publicamente esse desejo em diversas ocasiões, e chegou a dizer que pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um estudo sobre a possível privatização da petroleira por meio da venda das ações da União.
A fala motivou o pedido de explicações por parte da estatal e consequentemente a abertura de uma investigação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), porém não foram dadas novas informações acerca do andamento dos procedimentos.