Trabalhadores das três empresas de transporte coletivo que atuam em Londrina cruzaram os braços nesta sexta-feira (22). O motivo é o atraso no pagamento dos vales para os funcionários, que deveria ter sido feito no dia 20.
A paralisação afeta a circulação dos ônibus da TIL, TCGL e da Londrisul. Dessas empresas, TIL e TCGL fazem parte do mesmo grupo financeiro. 100% da frota do transporte coletivo estão na garagem desde as primeiras horas da manhã. A greve foi anunciada ainda na noite de quinta-feira (21).
As empresas alegam não ter dinheiro para pagar o vale, que constitui cerca de 50% do salário dos motoristas e cobradores. A negociação para o pagamento é intermediada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), que informou que enquanto os valores não forem debitados, os funcionários devem permanecer de braços cruzados.
A Londrisul representa 35% das linhas em Londrina, enquanto a TCGL opera 65%. A TIL, por sua vez, é responsável pelo serviço metropolitano entre Londrina / Cambé e Ibiporã.
O QUE DIZ O SINDICATO
O Sinttrol diz que não há compromisso das empresas para com os funcionários, o que elas negam. O Sindicato diz que muitos trabalhadores deixaram de honrar dívidas por conta do atraso no pagamento, e que eles dependem do vale para quitar despesas.
Após uma posição das empresas informando a previsão do pagamento, uma assembleia será convocada para decidir pela continuidade ou não da greve.
CMTU
Em nota, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) disse que está acompanhando a paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo desde as 5 horas da manhã desta sexta-feira, dia 22, quando foi informada que o protesto poderia ocorrer.
Em que pese o respeito a toda classe trabalhadora, qualquer paralisação ou greve deve ser antecedida com o cumprimento das exigências legais, tais como, a comunicação da decisão com antecedência mínima de 72 horas da paralisação em respeito à população.
A CMTU está cobrando a direção das duas empresas para que elas possam dar a resposta sobre o vale (antecipação) aos trabalhadores para que a operação do transporte coletivo seja normalizada.